Habitue-se a dar BOM DIA à vida que se renova em cada manhã. Olhe a claridade da luz. Contemple a beleza do céu. Respire a energia que o ar lhe traz. Olhe para dentro de você mesmo e sorria feliz, porque tudo isso é DEUS dentro de si e na natureza e ao seu redor. Levante todos os dias o seu pensamento, acorde seu coração, encha-se da mais pura alegria e diga: " OBRIGADO SENHOR ". Agradeço primeiramente a Deus, que me deu paciência e me iluminou a ter boas idéias e de fazer coisas incríveis e agradeço também aqueles que colaboraram direta e indiretamente para a criação deste Blog".

Tear / Tapeçaria

TEAR

A tecelagem é milenar; acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização. Está identificada com as próprias necessidades do Homem, de agasalho, de proteção e de expressão.São fibras de algodão, de lã, de linho, fiadas e tingidas por processos manuais, que nos teares, através das mãos do Artista, se unem em cores e formas.A tecelagem utilitária evoluiu na tecnologia, e a de expressão procurou os caminhos naturais. Aí as tramas e as urdiduras se entrelaçam para dar forma ao pensamento e à intuição.Saber tecer e tingir fios de fibras naturais são conhecimentos que se mantém a séculos e acompanham a humanidade desde sua origem. Por necessidade, a tecelagem firmou-se no Brasil Colônia, onde produzir tecidos para escravos e gente simples justificava o empreendimento. Houve tempo em que toda casa mineira tinha uma roda de fiar e um tear tosco de madeira. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas e roupas para a família. Enquanto teciam, as mulheres iam nomeando suas tramas de acordo com o desenho: Daminha, Pilão, Escama, Dados, Sem Destino ou até mesmo com os os nomes das artesãs que as criavam. Com as tramas nascia o pensamento abstrato e é por isto que, até hoje, tecer significa pensar. Suas técnicas consagradas pelo tempo não são restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados, desafiando a criação.



A HISTÓRIA DO TEAR NO BRASIL

 

Para falarmos da história do tear no Brasil, Temos, necessariamente, que falarmos da própria ocupaçãoção do solo brasileiro, possibilitado pela penetração das capitanias e pelos ciclos de extração, notadamente o do ouro nas Minas Gerais no século XVIII.Minas Gerais foi a região brasileira que mais absorveu a arte de tecer manualmente e desenvolveu características próprias, porém conservou a tradição trazida pelos colonizadores portugueses. Tal influência marcou de forma fundamental o povo dessa região e formou uma cultura própria e peculiar: a do "caipira". Através do Tear fez-se possível a confecção de roupas tecidas em algodão e lã, as quais serviam para a lida no campo e até mesmo para os dias de festa. A atividade de tecer era inteiramente rudimentar, começando pelo plantio do algodão cru e ganga, que, depois de colhido, era descaroçado num descaroçador manual, cardado e fiado. O tingimento dos fios se dava pela utilização de cascas e raízes, dentre elas o Anil (azul), a Sandra d'água (vermelho) e a Caparosa com pau-brasil (preto), entre outras. Na atualidade, a tecelagem enriquece a produção cultural do Brasil, desenvolvendo linguagem própria e atuando com grande expressividade; a tecelagem transcende a mera artesania e se insere conceitualmente na manifestação da arte popular contemporânea. Ela ainda mantêm seu caráter interativo com as linguagens artísticas, sem abandonar a rica relação entre o saber fazer e o saber pensar.Em nossos dias, continuamos com as etapas na produção de nossos tecidos, quais sejam: obtenção, fiação, tingimento, preparação do urdume e tramagem e, finalmente, tecelagem.
















Tapeçaria


Na Antiguidade, é desenvolvida por povos que habitam a Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, Pérsia, Índia e China. Países do Oriente Médio, como o atual Irã e a Turquia, mantêm importante tradição na manufatura de tapetes, que, em geral, contêm elaborados desenhos geométricos. Na Europa, durante a Idade Média, a confecção de painéis tecidos assume grande importância como elemento decorativo e funcional, o que propicia o desenvolvimento da produção e a sofisticação da técnica. A tapeçaria é utilizada para adornar grandes áreas das paredes dos castelos e igrejas medievais e também para melhorar o conforto térmico destas edificações. A ela cabe ainda uma função narrativa e didática, quando apresenta temas históricos e bíblicos. A partir do século XIV, a tapeçaria bordada cede lugar para a tecida. Neste período, entre as localidades associadas à sua manufatura, destacam-se Arras e Tournai, em Flandres, e Paris. No final do século XV as reformulações estéticas promovidas pelo Renascimento se refletem também na tapeçaria. A pintura exerce maior influência sobre as peças tecidas. Bruxelas torna-se o principal centro de tecelagem, embora a atividade já esteja bastante difundida em toda a Europa.A partir do século XVI, a França destaca-se na produção da tapeçaria, graças, sobretudo, à ajuda oficial às manufaturas, cuja produção principal se destina aos palácios reais. Em 1539 é criada em Fontainebleau, por Francisco I (1494 - 1547), a primeira manufatura real de tapeçaria.Durante o século XVIII, como outros ateliês sob os auspícios reais, entre eles Aubusson e Beauvais, tem a produção voltada para tapeçarias com motivos campestres ou exóticos, de apelos decorativos. Os Gobelins são responsáveis pela confecção, entre 1687 e 1688, de tapeçarias baseadas em pinturas com temática brasileira de autoria de Albert Eckhout (ca.1610 - ca.1666). Essas peças, conhecidas como Tapeçarias das Índias, são repetidas e, no século XVIII, bastante modificadas em relação aos modelos originais. No Brasil, a utilização da tapeçaria como expressão artística, pode ser percebida em trabalhos, entre muitos outros, de artistas como Regina Graz (1897 - 1973), pioneira na renovação, na década de 1920, das artes decorativas nacionais; Genaro (1926 - 1971), que passa a se dedicar à tapeçaria a partir de 1950 e cria, em 1955, o primeiro ateliê brasileiro desta arte; Norberto Nicola (1930 - 2007) e Jacques Douchez (1921), que em São Paulo, e na década de 1960, realizam uma investigação formal, rompendo com a bidimensionalidade tradicional da tapeçaria; Sorensen (1928), Burle Marx (1909-1994) e Francisco Brennand (1927), que produzem trabalhos valorizando as especificidades dessa técnica.
 
História dos Arraiolos
 
O ponto de arraiolos é praticado há, pelo menos, oitocentos anos, pois na catedral de Astorga, situada na Península Ibérica, existe um bordado do século XII, no qual está bem visível o ponto igual ao que hoje se faz nos nossos tapetes. Este ponto que denominamos Arraiolos ficou conhecido em alguns países com os nomes de Ponto cruz oblíquo, Ponto de cruz curto e comprido, ou Ponto de trança eslavo. Pelo século XVI começou em Arraiolos, uma cidade de Portugal, a fabricação de tapeçaria, inicialmente bordada por viúvas que se inspiravam em cenas da natureza, e se divulgaram nos séculos seguintes firmando-se assim o nome dos Bordados de Arraiolos. Sabe-se que os antigos povos eslavos praticaram este ponto como também o fizeram os povos norte-africanos, teve ainda vasta influência nos bordados marroquinos e foi divulgado pelos mouros em Portugal e Espanha. Trazidos ao Brasil por imigrantes portugueses, atualmente o Ponto Arraiolo com que se bordam os nossos tapetes é conhecido por este nome em muitos países da Europa, em algumas partes do extremo oriente e por todo o Brasil onde é muitíssimo praticado.

Na tentativa de classificar os tapetes, estes têm sido agrupados por épocas:

-A 1ª Época corresponde ao séc. XVII, caracterizada pela influência persa na composição decorativa flor de palmeira, arabescos, palmetas, nuvens, etc. e por alguns motivos geométricos inspirados em mosaicos e azulejaria, sendo o bordado feito sobre linho.

-A 2ª Época corresponde aos dois primeiros terços do séc. XVIII, na qual predominam desenhos de inspiração popular enriquecidos com motivos orientais. Surgem os animais, figuras humanas, juntamente com elementos florais. Este foi o período florescente da indústria artesanal em Arraiolos.

-A 3ª Época corresponde aos finais do séc. XVIII e ao séc. XIX, desaparecendo os motivos orientais, os arabescos e, progressivamente, os motivos populares, em favor de grandes ramagens e motivos florais, sendo a composição menos densa.

Pelos meados do séc. XIX, a indústria entrou em decadência, chegaram a desaparecer por completo as oficinas, ficando apenas algumas bordadeiras que trabalhavam por sua conta, nas suas casas ou nas casas dos seus clientes. Foram estas mulheres que, transmitindo a técnica de mães para filhas, tornaram possível o renascimento desta arte, já no séc. XX. Atualmente, bordam-se, com o ponto Arraiolo, desenhos antigos e modernos, de todas as origens e de todos os estilos. No entanto, os criadores de desenhos para tapetes nem sempre podem ser felizes nas suas composições originais, pois é atividade que muito depende de talento. São diversos e complexos os problemas atuais que se põem a esta atividade, resultantes fundamentalmente da massiva industrialização verificada nos anos 80 e princípios da década de 90. A manutenção da autenticidade e genuinidade regional dos Tapetes de Arraiolos, a dignidade profissional da atividade das artesãs, a proteção da denominação de origem, são os desafios fundamentais do presente, sem fechar portas às evoluções de estilo características das artes vivas.

Pontos para Tapeçaria


 

 
 
 
 
 
 
 

Passo a passo


O material necessário :

- O projeto gráfico
- Juta (tela própria para tapetes arraiolos)
- Lã ( fio próprio para tapetes arraiolos)
- Agulha e tesoura
- Cola
- Chapas de compensado


 1-) O gráfico – o primeiro passo consiste em traçar o desenho e transformá-lo em gráficos semelhantes aos de ponto cruz.



2 -) O contorno do desenho na tela – criado o desenho ele será copiado,do papel quadriculado, para a tela com as cores já pré-determinadas.



3 -) O preenchimento de toda a superfície da tela - Depois de prontos todos os contornosdos motivos gráficos, as figuras serãotodas preenchidas, até que se possa finalmente preencher os espaços de fundo.


4 -) A revisão - O tapete completamente preenchido será escovado para que se possa perceberse há algum arremate com pontas à mostra,se houve engano no uso de alguma cor ou sehá algum ponto que não fora preenchido.



5 -) A engomação – Acabados todos os processos acima relacionados,o tapete será pregado a uma tábua para que as margenstenham as mesmas medidas e que estas estejam retas,passamos uma solução à base de cola branca, usandoum rolo de pintor. Depois o tapete será exposto aosol até que ele esteja totalmente seco e pronto para o uso.

Idéias